Entre a “muda poesia” e a “pintura que fala”: o contributo de Camões para a afirmação da linguagem emblemática em Portugal

Autores/as

  • Filipa Araújo CIEC - Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos

DOI:

https://doi.org/10.17979/janus.2019.0.08.10380

Palabras clave:

Divisas, Empresas, fiestas reales, emblemática, Camões, parodia

Resumen

Teniendo en cuenta la representación simbólica patente en las insignias militares usadas por los caballeros medievales y sabiendo que la dinastía Avis hizo uso de empresas personales, se pretende poner de manifiesto la continuidad de esa herencia en las letras y cimeras utilizadas en las fiestas reales portuguesas y registradas por el Cancioneiro Geral (1516) y por algunas crónicas contemporáneas. Relacionando esta práctica con la sistematización de la heráldica llevada a cabo en el siglo XVI, se procurará mostrar que la obra camoniana también presenta signos de recepción del lenguaje emblemático, en la medida en que recurre a los conceptos de "muda poesía" y de "pintura que habla "en la epopeya titulada Os Lusíadas. Además, este estudio pretende dar a conocer una serie de empresas atribuidas a Camões y supuestamente compuestas durante su permanencia en Goa. En el análisis de su contenido, se tejen algunas consideraciones sobre el enfoque paródico propuesto por el poeta, comparándolo con otras adaptaciones posteriores. De acuerdo con esta perspectiva, se intenta arrojar nueva luz sobre la contribución de Camões en la consolidación de la emblemática en Portugal.

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Publicado

29-04-2019

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Sección Monográfica