A "nai cariñosa"
Unha antropoloxía da economía política das emocións
DOI:
https://doi.org/10.17979/arief.2023.8.1.8965Palabras clave:
maternagens, género, gerações, antropología, Estado, emoçõesResumo
Este artigo céntrase nos debuxos da figura da nai cariñosa na época contemporánea. Para iso, analizamos as narrativas de dúas xeracións de mulleres dunha mesma familia: a das nais (1940-1950) e a das súas fillas (1970-1980) logo de ser nais. Conversacións en profundidade con mulleres de diferentes rexións de Brasil e diferentes clases sociais; abordando as súas experiencias de embarazo, parto e maternidade, déronse entre 2020 e 2021. Dada a insistencia na noción de afecto propagada, reclamada e tamén lamentada no campo, pareceunos interesante investir na súa descrición para sinalar á súa pluralidade e porosidade. Nesta procura, cando atopamos que os contornos da nai afectuosa son ofrecidos por unha gama de discursos e prácticas máis aló do mundo privado e dunha lóxica familiar, suxerimos que a súa produción realízase a través de “unha economía política das emocións”. ”. Esta economía está aliada aos proxectos de Estado e ao neoliberalismo que dependen da figura materna para o seu sustento, aínda que sexa disfrazado de fermosura e renda psíquica. Constatouse que as gramáticas emocionais que informan a figura materna no últimas catro décadas crúzanse en Brasil por raza/cor; clase social; xénero e xeración, dando así ideas plurais de ira e afecto, así como de maternidade, aquí tomada como acción, como verbo e non como institución.
Descargas
Citas
Almeida, Maria Isabel Mendes de Almeida (1987). Maternidade. Um destino inevitável? RJ: Editora Campus.
Barros, Myriam Lins de. Autoridade e Afeto (1987). Avós, filhos e netos na família brasileira. RJ: Jorge Zahar Editor.
Cardoso, Vânia (2012). “Marias: a individuação biográfica e o poder das estórias.” In: Gonçalves, M.; Marques, R. e
Cardoso, V (orgs.). Etnobiografia, subjetivação e etnografia. Rio de Janeiro: 7Letras. p. 43-62.
Carneiro, Rosamaria Giatti Carneiro (2015). Cenas de parto e políticas do corpo. RJ: Editora Fiocruz.
Chazan, Lilian K. (2007). “Meio quilo de gente”: um estudo antropológico sobre ultrassom obstétrico. Rio de Janeiro: Fiocruz.
DOI : http://dx.doi.org/10.7476/9788575413388
Coelho, Maria Claudia e REZENDE, Claudia Barcellos (201). Antropologia das Emoções. RJ: FGV.
Duarte, Luiz Fernando (1986). Da vida nervosa nas classes trabalhadoras urbanas. RJ: Jorge Zahar.
Duarte, Luiz Fernando Dias (2011). Geração, fratria e gênero: um estudo de mandato transgeracional e subjetivação diferencial. In: Trivium [online]. vol.3, n.1 pp. 1-19.
Dumont, Louis (1985). O individualismo: uma perspectiva antropológica da ideologia moderna. RJ: Rooco.
Federici, Silvia (2018). O Ponto Zero da Revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista. São Paulo: Elefante, 388 p.
Ferguson, James; GUPTA, Akhil (2002). Spatializing States: Toward an Ethnography of Neoliberal Governmentality. American Ethnologist, [S.l.], v. 29, n. 4, p. 981–1002.
Fernandes, Camila (2020). “Aí eu não aguentei e explodi”. A expressão do “nervoso” feminino no cuidado com as crianças em territórios de favela”. In: Etnografías Contemporáneas, año 6, No 10, pp. 154-178.
Fernandes, Camila (2018). "Mães nervosas": um ensaio sobre a raiva entre mulheres populares. In: Claudia
Fonseca, Chantal Medaets e Fernanda Bittencourt Ribeiro. (Org.). Pesquisas sobre família e infância no mundo contemporâneo. 01ed.Porto Alegre: Sulina. p. 215-231.
Fonseca, Claudia (1985). Caminhos da adoção. SP: Editora Cortez.
Fonseca, Claudia (2002). “Mãe é uma só? Reflexões em torno de alguns casos brasileiros”. Psicologia USP. São Paulo. Vol. 13, n. 2, p. 49-68
Fonseca, Claudia (2012). “Tecnologias globais de moralidade materna: as interseções entre ciência e política em programas “alternativos” de educação para a primeira infancia”. In: FONSECA, Claudia; ROHDEN, Fabiola; MACHADO, Paula S (Org.). Ciências na Vida: Antropologia da ciência em perspectiva. São Paulo: Terceiro Nome, pp. 253-275.
Foucault, Michel (1984). História da Sexualidade 1. A vontade de saber. SP: Graal.
Foucault, Michel (2010). Do nascimento da biopolítica. SP: Martins Fontes.
Fraser, N.; Sousa Filho, J. I. R (2020). De. Contradições entre capital e cuidado. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), v. 27, n. 53, p. 261-288, 2 jul.
Gregori, Maria Filomena (1993). Cenas e queixas: um estudo sobre mulheres, relações violentas e práticas feministas. SP: Paz e Terra, 1993.
Ferreira, Nubia Guedes (2020). Maternidade compartilhada e crianças encarceradas: etnografando o dia de domingo em um presídio feminino. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa.
Han, Byung-Chull (2018). Sociedade do Cansaço. Petrópolis: Editora Vozes.
Kofes, Suely (2007). “Experiências sociais, interpretações individuais: Histórias de vida, suas possibilidades e limites”. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 3, p. 117–141.
Machado, Lia Zanotta (2002). “Famílias e Individualismo: Tendências Contemporâneas no Brasil”. Revista Interface. Botucatu-SP, v. 5, n.8, p. 11-26.
Machado, Maria das Dores Campos e Barros, Myriam Lins de (2009). “Gênero, geração e classe: uma discussão sobre as mulheres das camadas médias e populares do Rio de Janeiro”. Revista Estudos Feministas [online]. 2009, v. 17, n. 2 [Acessado 13 Julho 2021] , pp. 369-393.
Manheim, Karl. (1993). "El problema de las generaciones" [tradução: Ignacio Sánchez de la Yncera], Revista Española de Investigaciones Sociológicas (REIS), n. 62, pp. 193-242.
Meyer, Dagmar (2005). “A politização contemporânea da maternidade: construindo um argumento”. Gênero, Niterói, v. 6, n. 1, p. 81-104.”
Meyer, Dagmar; KLEIN, Carin; FERNANDES, Letícia P. (2012). “Noções de família em políticas de “inclusão social” no Brasil contemporáneo”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 20, n. 2, p. 433-449, mai/ago.
Nascimento, Pedro; Lunker, Amanda (2019). Saúde, cuidado e vínculo familiar: Apontamentos iniciais sobre o Programa Criança Feliz em Rio Tinto/Paraíba, Nordeste do Brasil. Trabalho apresentado na XIII Reunião de Antropologia do Mercosul. GT 11.
Pulhez, Mariana Marques (2013). “Parem a violência obstétrica”: a construção das noções de “violência” e “vítima” nas experiências de parto. RBSE – Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 12, n. 35, p. 544-564.
Rezende, Claudia Barcellos (2018). “Parto e sentidos da maternidade entre mulheres de camadas médias do Rio de Janeiro”. In: CONFERENCE PROCEEDINGS 18TH IUAES WORD CONGRESS. Miriam Pillar Grossi, Simone Lira da Silva et al. (orgs.). Florianópolis: Tribo da Ilha.
Rezende, Claudia Barcellos (2019). “Histórias de superação: parto, experiência e emoção”. Horizontes Antropológicos, v. 25, n. 54, p. 203-225.
Salem, Tania (2007). O casal grávido: disposições e dilemas da parceria igualitária: RJ: FGV.
Sarti, Cinthya (2001). A família como Espelho. Um estudo sobre a moral dos pobres. SP: Cortez.
Tornquist, Carmen Susana (2002). “Armadilhas da Nova Era: natureza e maternidade no ideário da humanização do parto”. Revista Estudos Feministas [online]. 2002, v. 10, n. 2
Walks, Michelle (2011). An Antrophology of Mothering. Canadá: Demeter Press.
Woortman, Klass (1987). Família de Mulheres. SP: Tempo Brasileiro.
##submission.downloads##
Publicada
Como citar
Número
Sección
Licencia
Los y las autores/as ceden todos los derechos, título y materiales contenidos en el trabajo aceptado a la Revista Atlánticas, quien podrá publicar en cualquier lengua y soporte, divulgar y distribuir su contenido total o parcial por todos los medios tecnológicamente disponibles y a través de repositorios.
Se permite y se anima a los y las autores/as a difundir los artículos aceptados para su publicación en los sitios web personales o institucionales, ante y después de su publicación, siempre que se indique claramente que el trabajo pertenece a esta revista y se proporcionen los datos bibliográficos junto con el acceso al documento.
Los trabajos publicados en esta revista están bajo una licencia Creative Commons Reconocimiento-Compartir Igual 4.0. Internacional. Usted es libre de:
- Compartir — copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato
- Adaptar — remezclar, transformar y crear a partir del material para cualquier finalidad, incluso comercial.
Reconocimiento — Debe reconocer adecuadamente la autoría, proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se han realizado cambios<. Puede hacerlo de cualquier manera razonable, pero no de una manera que sugiera que tiene el apoyo del licenciador o lo recibe por el uso que hace.
CompartirIgual — Si remezcla, transforma o crea a partir del material, deberá difundir sus contribuciones bajo la misma licencia que el original.
En relación con la incusión de los artículos, reseñas y entrevistas en repositorios debemos señalar lo siguiente:
a) Se autoriza sólo a subir la copia post-print del editor, es decir, la última versión qeu fue publicada, con el mismo formato y apariencia. Los derechos sobre el documento deben mantenerse respecto de la publicación original.
b) Sólo se autorizará el alojamiento en repositorios y plataformas gratuítos, que no cobren ni por el alojamiento ni por la consulta o obtención de documentos.
c) En el repositorio o plataforma dónde se aloje, el documento debe identificarse con los datos completos de publicación de esta copia post-print, lo que incluye su DOI cuando lo tuviese.
d) En ese documento ya tiene un alojamiento electrónico en una revista OJS o en el RUC de la UDC, es deseable incluír un vínculo en el nuevo repositorio o plataforma, y no alojar el documento en si (esto facilita la visibilidad del RUC y las revistas de la UDC, la ayuda a revalorizar los libros y revistas hechos por el profesorado). Si esta opción no es vialbe, se podrá alojar el documento, pero siempre identificándolo con datos completos de publicación (lo que incluye su DOI, en caso de tenerlo).