Amputar, segar, limpar e purificar A depuração do maxisterio durante o franquismo
Contido principal do artigo
Resumo
A ditadura franquista, desejando deslexitimar as políticas educativas republicanas, converteu o maxisterio primário em objectivo prioritário da sua acção repressiva, para o que articulou uma tupida rede de mecanismos destinados a purgalo e exigir responsabilidades. A depuração, com o seu duplo carácter punitivo e preventivo, teve o seu início de modo imediato ao golpe militar e durou até a finalización da ditadura. Na primeira parte do artigo traçaremos as linhas gerais dos fundamentos ideológicos e legais da depuração, e exporemos as suas fases e os mecanismos utilizados. Na segunda, trás uma revisão das publicações mais recentes, tentaremos um balanço do estado da questão, detalhando as percentagens de pessoas sancionadas das províncias analisadas e a incidencia das variables territoriais de género e de renovação pedagógica, assim como alguns dados sobre o alcance da repressão física do maxisterio. Concluímos reafirmando o carácter político e a arbitrariedade do processo depurativo.