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Gabriela Poltronieri Lenzi
Universidad de Salamanca
Brasile
Biografia
V. 8 N. 3 (2018), Artículos, Pagine 49-60
DOI: https://doi.org/10.17979/relaso.2018.8.3.3340
Ricevuto: feb 20, 2018 Accettato: apr 23, 2018 Pubblicato: ott 23, 2018
Come citare

Abstract

Durante o processo quimioterápico, mulheres perdem seus cabelos e, com eles, referenciais estéticos e identitários do seu corpo feminino social e cultural. Nesse processo, embora haja outros sentimentos envolvidos, como, o confronto com a morte, fatores estéticos que abalam sua identidade e autoestima encontram-se como um dos principais incomôdos para elas. Assim sendo, acredita-se que o uso de um acessório de moda, como o chapéu, possa coadjuvar, criando mais conforto e bem-estar, enquanto as cabeças dessas mulheres estiverem sem cabelos. A presente pesquisa encontra-se inserida no contexto mencionado e teve, como objetivo, compreender a forma como o chapéu pode ser relevante no percurso identitário dessa mulheres, no sentido de suprir a falta social e pessoal do cabelo durante o tratamento, Por meio da antropologia aplicada, desenvolveu-se uma oficina do chapéu para mulheres acometidas pelo câncer, em uma cidade do Sul do Brasil, as quais, além de usá-los, confeccionaram o acessório. A etnografía foi o método escolhido para coletar os dados, sendo que se atuou como observadora participante e se realizou entrevistas não-diretivas e semiestruturadas. Concluiu-se que o chapéu, além de ser um auxiliar durante o processo de reconstrução identitária, foi um elemento que afastou as usuárias da estigmatização da doença.

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