Os novos trabalhadores migrantes na Europa. O surgimento de uma política comum de imigração laboral
Contido principal do artigo
Resumo
Dominada por uma lógica de "imigração zero", a cooperação europeia em matéria de imigração de trabalhadores não comunitários desenvolveu-se mais lentamente do que no caso do regime de circulação dos trabalhadores comunitários. As discussões sobre uma política comum para a nova migração laboral na Europa foram complexas. Uma estratégia política foi finalmente adoptada seis anos após a entrada em vigor do Tratado de Amesterdão, em 1999, com vista a uma primeira legislação em 2009. O primeiro objectivo deste artigo é examinar o processo de elaboração de uma política comum de imigração laboral. O segundo analisa que tipo de política foi definida e como são construídas categorias de trabalhadores migrantes. Com uma abordagem teórica inspirada no institucionalismo discursivo, neste artigo explica-se o processo político implementado pelos actores europeus, nomeadamente a Comissão Europeia. Utilizando o conceito de discurso concebido como ideias e interacções, clarificam-se as ideias sobre uma nova imigração laboral e mostra-se como os actores europeus chegam pouco a pouco a um acordo sobre uma primeira lei de imigração laboral: A directiva do cartão azul-UE. As categorias de trabalhadores migrantes que emergem deste processo vão do novo migrante económico à figura emblemática do altamente qualificado. Finalmente, a política europeia de imigração laboral adoptada é uma política de meia abertura. Caracteriza-se por uma abordagem diferenciada para os trabalhadores migrantes e uma preferência pela imigração temporária.
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