María Victoria Moreno ou a deconstrución da masculinidade hexemónica desde as margens Uma aproximação a Leonardo e os fontaneiros e a Anagnórise
Contido principal do artigo
Resumo
A partir da década de 1970 do século passado o discurso feminista fez-se explícito em certa literatura infantil e juvenil como reacção aos estereotipos sexistas presentes nas obras para os/as mais novos/as. Deste modo brotaram protagonistas femininas ousadas e activas, ao mesmo tempo em que cresciam as histórias protagonizadas por personagens de meninas e garotas, que foram atenciosamente examinadas pela crítica. As personagens masculinas também mudaram suas características e algumas delas foram construídas com traços diferenciados da masculinidade hegemónica, bem para procurar a identificação com sua lectorado mais novo, bem para lhe abrir novas identidades; no entanto, mal foram analisadas qualitativamente. Neste estudo examinaremos os atributos principais de Antón Andrade e Nicolau Arís, os protagonistas das duas primeiras obras de María Victoria Moreno dirigidas a público juvenil à luz dos estudos sobre a masculinidade que nasceram também ao calor das ideias feministas.