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Carolina Raposo
Universidade dos Açores
Portugal
Biografía
Célia Barreto-Carvalho
Universidade dos Açores
Portugal
Biografía
Marina Sousa
Universidade dos Açores
Portugal
Biografía
Suzana Nunes-Caldeira
Universidade dos Açores
Portugal
Biografía
Vol. Extr., núm. 01 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Internacional G-P de Psicopedagogía. Área 1: APRENDIZAJE, MEMORIA Y MOTIVACIÓN, Páginas 001-007
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.01.106
Recibido: mar. 26, 2015 Aceptado: ago. 7, 2015 Publicado: oct. 26, 2015
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Resumen

A vergonha é uma emoção social transversal a todos os seres humanos e com grande importância a nível individual e interpessoal. Por esta emoção emergir de um processo autoconsciente em situações de transgressão ou fracasso, provoca estados psicológicos desagradáveis e uma avaliação negativa do self global. Altos níveis de vergonha tem implicações no ajustamento psicológico do ser humano, o que tende a afetar o processo de aprendizagem do aluno. A presente investigação decorreu na ilha de São Miguel, do Arquipélago dos Açores (Portugal), onde investigações recentes evidenciam que os adolescentes parecem revelar algum desajustamento psicológico, por apresentarem uma forte tendência para a paranoia e altos índices de vergonha externa, autodano e ideação suicida. Estes resultados incrementam a necessidade de intervir, numa ótica preventiva, das disfunções emocionais e dos comportamentos desajustados em adolescentes. Neste âmbito um programa de intervenção de 10 sessões intitulado "Alinha com a Vida" foi desenvolvido para promover as competências emocionais, ou seja, a identificação, a diferenciação e a regulação da emoção, bem como para desenvolver a empatia, a assertividade e a auto-motivação, considerando o seu papel facilitador do sucesso escolar e da resiliência prevenindo, assim, comportamentos de risco. A intervenção “Keep Calm e enfrenta a Vergonha” decorre através de uma sessão e pretende promover as competências emocionais nos adolescentes, como forma de estes adquirirem competências que lhes permitam aprender a identificar em si e nos outros esta emoção e aplicar estratégias eficazes para lidar com a mesma de forma adaptativa. A intervenção teve como público-alvo uma amostra de 229 alunos a frequentar o 8º ano de escolaridade em cinco escolas da Ilha de São Miguel. A recolha e a análise dos dados envolveram uma abordagem quantitativa e qualitativa, sendo que no presente estudo serão enfatizados apenas os dados qualitativos. Estes dados foram analisados através da técnica de observação e da análise de documentos inerentes à intervenção e sugerem que os adolescentes conseguiram identificar a emoção vergonha em si e nos outros e compreenderam a função adaptativa da vergonha. Isto é os alunos compreenderam que a vergonha tem a função adaptativa de evitar a exclusão e a rejeição social. Contudo quando sentida em excesso torna-se desadaptativa para o individuo, impedindo o seu desenvolvimento físico e mental de forma saudável no seu contexto social, junto dos seus pares, familiares e amigos. Durante toda a intervenção foi visível a motivação dos alunos para a participação no programa, tendo sido o seu desempenho positivo. A intervenção foi, ainda, avaliada positivamente pelos adolescentes e professores, responsáveis pela aula de Cidadania, no qual a intervenção foi implementada. Os resultados da presente investigação permitem concluir que a intervenção levada a cabo provocou alterações nos adolescentes, ao nível do conhecimento e identificação emocional, o que pode ter resultado da forte motivação dos alunos durante a intervenção e do papel ativo dos mesmos no processo de aprendizagem.

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