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Marina Sousa
Universidade dos Açores
Portugal
Joana Benevides
Universidade dos Açores
Portugal
Célia Barreto-Carvalho
Universidade dos Açores
Portugal
Suzana Nunes-Caldeira
Universidade dos Açores
Portugal
Vol. Extr., núm. 05 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Internacional G-P de Psicopedagogía. Área 5: FAMILIA, ESCUELA Y COMUNIDAD, Páginas 006-010
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.05.100
Recibido: mar. 25, 2015 Aceptado: ago. 12, 2015 Publicado: oct. 21, 2015
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Resumen

A Inteligência Emocional (IE) é um dos componentes mais importantes para o ajustamento psicológico do indivíduo e, em particular, das crianças. A relação entre a IE e variáveis emocionais, como a ansiedade, é uma área de investigação recente, sendo ainda poucos os dados ao nível do estudo da relação entre a IE e a ansiedade, bem como do impacto desta relação no ajustamento interpessoal da criança. No entanto, há já evidência de que as crianças com perturbações de ansiedade (e.g. ansiedade social e generalizada) apresentam défices na IE, ou seja, dificuldades em perceber, usar, compreender e regular as emoções em si e nos outros. A IE parece ser um factor de vulnerabilidade para o desenvolvimento de distúrbios de ansiedade. Embora haja escassez de estudos de prevalência das doenças mentais infanto-juvenis no nosso país, sabe-se que Portugal é um dos países da Europa com os índices mais elevados de doença mental (23%), sendo a mais comum a ansiedade (16.5%). A par deste indicador, a investigação aponta para uma correlação significativa entre a ansiedade, em particular a de desempenho, com a insatisfação com a escola, com as reprovações académicas e, consequentemente, com os indíces de insucesso escolar que, em Portugal, se situam nos 25%. Devido à gravidade crescente destas problemáticas, a intervenção precoce, que passe pela implementação de programas de promoção da IE torna-se premente, de forma a diminuir os índices de problemas de saúde mental e escolares na infância. Neste âmbito destacam-se os programas SEL (Social and Emotional Learning), validados empiricamente, com eficácia não só ao nível de melhorias na IE, como na redução de sintomatologia ansiógena. Um estudo piloto desenvolvido em escolas do 1º e 3º ciclo da Ilha de São Miguel demonstrou efeitos positivos ao nível do conhecimento e identificação de emoções básicas e secundárias (em si e no outro), da aquisição de competências de regulação emocional, da empatia e da assertividade, desenvolvendo-se mecanismos protetores cruciais à prevenção de comportamentos de risco, de problemas de saúde mental e para o insucesso escolar nas vertentes do rendimento e do comportamento. Face ao exposto, encontra-se em fase de revisão de literatura e desenvolvimento um programa de promoção de IE para crianças com perturbações da ansiedade, visto haver escassez de intervenções sustentadas cientificamente nesta área. O programa pretende assentar em três modelos teóricos integradores da IE (Modelo Evolucionário de Gilbert, o Modelo das Emoções Básicas de Ekmann e o Modelo de IE de Salovey e Mayer), com o objetivo de promover a IE, com enfoque na percepção, uso, compreensão e regulação emocional, que se creem importantes à capacidade de adaptação das crianças e dos pais à situação de desajustamento psicológico. Este programa pretende também ser um contributo para os profissionais a intervir na área da saúde mental e educação infantil e juvenil, através do delineamento de intervenções ou programas de reabilitação mais adequados e direcionados às necessidades destas crianças e cuidadores, ao mesmo tempo que permite reduzir os custos associados às intervenções na área da saúde e da educação.

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