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Ana Lucia Pereira
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Universidade Nove de Julho
Brasil
Biografía
Laurinda Ramalho de Almeida
Brasil
Vol. Extr., núm. 06 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Psicopedagogia. Área 6: FORMAÇÃO DE PROFESSORES E AGENTES EDUCATIVOS, Páxinas 042-046
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.06.161
Recibido: abr. 23, 2015 Aceito: ago. 13, 2015 Publicado: nov. 10, 2015
Como Citar

Resumo

O ensino a distância (EaD) não é uma atividade recente, tendo em vista que já no século XIX acontecia por intermédio do correio, utilizado para a troca de informações, atividades e correções entre professores e alunos. Entretanto, nesse início, a modalidade era utilizada na educação não formal, sendo só posteriormente estendida à educação formal. No Brasil, o EaD tem crescido exponencialmente, apresentando-se como possibilidade para a inclusão de diversas pessoas no ensino superior. Em Portugal, já funciona, desde 1988, a Universidade Aberta (UAb), até o momento a única instituição de ensino superior público em Portugal que utiliza o ensino a distância. A oferta pedagógica da UAb está integrada ao Processo de Bolonha, e em 2010, ela foi reconhecida como uma das universidades europeias consideradas referência no uso do ensino a distância. Em 2008, a Universidade do Minho sediou a 3ª Conferência Sobre o Acesso Livre ao Conhecimento, com o objetivo declarado de aprofundar a reflexão, o debate e a troca de experiências sobre o acesso livre. Tal conferência estava integrada a um projeto nacional denominado Repositório Científico de Acesso Aberto, e reuniu gestores universitários, pesquisadores, bibliotecários e toda a comunidade científica interessada na temática. Nos dois países, muito se tem discutido sobre o arsenal tecnológico necessário para a sua viabilização, mas menos numerosas têm sido as discussões sobre o papel e as contribuições da afetividade nos relacionamentos estabelecidos entre professores e alunos nos ambientes virtuais de aprendizagem. Na busca pelo aprofundamento dessa discussão, sem minimizar a relevância dos estudos que têm se debruçado sobre os métodos e tecnologias apropriados para levar adiante essa modalidade de ensino, não se pode perder de vista a necessidade de discussões que tenham como foco os principais sujeitos envolvidos no processo ensino-aprendizagem: alunos e os professores. Tendo em vista os desafios que se fazem presentes tanto para alunos quanto para professores diante dessa modalidade de ensino, este projeto de pesquisa propõe a realização de um estudo transcultural visando averiguar se os cursos superiores na modalidade EaD no Brasil e em Portugal têm possibilitado o estabelecimento de relacionamentos que afetem os alunos de forma a favorecer a aprendizagem significativa. Diante do exposto, norteia-se a partir de duas questões centrais: Os cursos superiores na modalidade EaD têm possibilitado a construção de relacionamentos que afetem os estudantes de forma a favorecer a aprendizagem significativa? Os relacionamentos estabelecidos no EaD entre alunos/professores e alunos/alunos interferem na decisão dos estudantes de permanecerem ou desistirem dessa modalidade de ensino? Os participantes deste estudo serão alunos e professores (brasileiros e portugueses) que estejam vivenciando a experiência do EaD. Considerando-se que a natureza da problemática proposta envolve entrar em contato com percepções, sentimentos e emoções que permeiam o relacionamento entre professores e alunos no EaD, o caminho metodológico direciona-se para a perspectiva dos sujeitos da pesquisa, o que leva à opção pela abordagem qualitativa. No que diz respeito aos procedimentos e instrumentos de coleta de dados, pretende-se utilizar entrevistas semiestruturadas com os professores e grupos de discussão com os alunos.

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