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Marisa Narcizo-Sampaio
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Brasil
Vol. Extr., núm. 06 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Internacional G-P de Psicopedagogía. Área 6: FORMACIÓN DE PROFESORES Y AGENTES EDUCATIVOS, Páginas 081-085
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.06.205
Recibido: abr. 28, 2015 Aceptado: ago. 13, 2015 Publicado: nov. 10, 2015
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Resumen

Este artigo é fruto de uma pesquisa realizada por uma professora brasileira com o objetivo de conhecer como acontece, na prática cotidiana, a incorporação de novos professores na escola pública da Galícia – Espanha, onde o acompanhamento desta fase inicial da docência, diferentemente do Brasil, está previsto por lei. O início da atuação docente é uma fase peculiar do processo contínuo de formação profissional, já que ao se iniciar a carreira docente precisa-se mobilizar uma série de aprendizagens para enfrentar os desafios da prática pedagógica, que podem se transformar em dificuldades. Dessa forma, a preocupação com as práticas de formação continuada nesta etapa se justifica pela necessidade de atenção, de acompanhamento e de programas que auxiliem na integração dos novos docentes à rotina e à cultura da profissão. A aproximação à realidade desta iniciação docente na Galícia foi realizada por meio de procedimentos de pesquisa documental, realização de visitas a quatro escolas púbicas de Educação Infantil nas cidades de A Coruña e Santiago de Compostela, e ainda entrevistas com quatro professoras no primeiro ano de atuação docente e com três de suas respectivas tutoras. A partir disso, foi possível constatar que, como em todos os campos e acontecimentos da vida, há tensões, contradições e complexidade nas propostas e nas práticas para o acolhimento de novos professores e professoras na escola pública galega. Na discussão dos dados, realizada com base em estudos de Certeau, Morin e Foucault, destaca-se entre estas tensões especialmente as relações entre o prescrito na legislação e a experiência vivida pelas professoras, no que se refere à importância dedicada na lei à formação dos profissionais iniciantes, associada à avaliação do seu trabalho, ainda como candidatos e candidatas a uma vaga efetiva na rede pública. A principal contradição explorada aqui está ligada ao fato de este período não ser encarado oficialmente apenas como um período de aprendizagem, adaptação e socialização do novo profissional, mas fundamentalmente como um período em que o novo professor ou professora será avaliado/a por seus conhecimentos e capacidades didáticas, podendo ser reprovado/a para a continuidade da sua carreira na rede pública. Assim, percebe-se que um período que poderia ser tomado como apoio ao desenvolvimento profissional docente, ao ser definido como parte da seleção, passa a ter as características de uma avaliação classificatória, baseada no controle das ações dos novos profissionais, com relações de poder hierárquicas que geram tensões nesta convivência já que, sendo companheira de trabalho e responsável por orientar, a tutora tem também a função de aprovar ou não o trabalho da professora iniciante. Ao mesmo tempo, revelando a complexidade dessas relações, as entrevistadas relataram ter vivenciado neste período práticas fundamentais para a formação continuada, como a troca de experiências entre tutora e professora e o apoio recebido pelas novatas, convivendo com as atividades hierarquizadas de controle e seleção.

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