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Estela Pinto Ribeiro Lamas
Universidade Metodista Unida de Moçambique
Portugal
Biografía
Vol. Extr., núm. 08 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Internacional G-P de Psicopedagogía. Área 8: INTERCULTURALIDAD, INCLUSIÓN SOCIAL Y EDUCACIÓN, Páginas 105-109
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.08.563
Recibido: may. 22, 2015 Aceptado: ago. 25, 2015 Publicado: nov. 16, 2015
Cómo citar

Resumen

Repensar o ensino da língua implica focarmo-nos em questões que nem sempre têm sido encaradas numa relação dialógica: a língua na educação / a língua para a educação. Iremos, pois, questionar os aspetos que estão subjacentes a esta relação – a língua encarada como objecto de estudo, como mediadora da comunicação/socialização, como instrumento para a construção do(s) conhecimento(s). Tendo como princípio que a educação implica a vivência da interculturalidade e a inclusão social, o alvo é identificar o papel que a língua desempenha na descoberta do eu, na vivência do eu com o outro, na construção colaborativa da (inter)culturalidade, na sua aceitação e consolidação, para que seja viável comunicar, agir e (con)viver em sociedade. Procura-se, pois, um contributo para a organização das aprendizagens, de forma não só a implicar o aluno, mas também a levá-lo a tornar-se autónomo, deixando de ser um mero receptáculo do conhecimento, isolado e passivo, para se assumir como participante (inter)ativo, comunicativo e reflexivo; nessa organização contempla-se a combinação de atividades que potenciem a comunicação fluente e o uso correto da língua, suportando-se umas às outras – atividades de precisão para apoiar atividades de fluência e vice-versa. Após a apresentação da evolução do método comunicativo do ensino da língua, ao longo das últimas décadas, partilha-se um conjunto de investigações em curso no âmbito da temática em foco. As primeiras duas comunicações focam o planeamento da lecionação de uma unidade curricular transversal a vários cursos (ensino superior moçambicano – português, língua oficial) e, por inerência, a pertinência da construção de glossários, como forma de sustentação da construção de conhecimentos específicos e como forma de implementar o uso correto da língua – objetividade e clareza de expressão. A terceira centra-se numa experiência realizada num contexto de migração (português, língua de herança), evidenciando a identidade do aluno, o estudo da língua e a construção da (inter)culturalidade. A quarta apresenta um projeto inter(trans)disciplinar (alunos do pré-escolar ao 12º ano – português, língua materna), envolvendo a família, a escola e a comunidade. Na última, está em evidência uma turma de 10º (alunos de freguesias distintas), com a qual se promovem atividades que propiciam uma vivência intercultural, procurando facilitar a expressão do ‘eu’ na interação com os seus pares, tirando partido para a aprendizagem. Ao longo do simpósio, serão levantadas questões que induzam uma discussão construtiva sobre a abordagem comunicativa do ensino da língua, convocando uma pedagogia dialógica e uma didática diferenciada/personalizada, tendo por finalidade uma aprendizagem refletida, analítica e crítica.

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