Contido principal do artigo

Rita de Cássia M. T. Stano
Universidade Federal de Itajubá
Brasil
Alessandra Rodrigues
Vol. Extr., núm. 10 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Psicopedagogia. Área 10: MODELOS E PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO, Páxinas 016-019
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.10.166
Recibido: abr. 24, 2015 Aceito: ago. 16, 2015 Publicado: nov. 28, 2015
Como Citar

Resumo

Refletir sobre a avaliação, efetivamente, avaliando, é um caminho que permitirá uma teorização articulada com o desvelamento da própria prática. Parte-se do pressuposto de que avaliação é conquista e construção, faceta ativa e crítica, onde a recriação da ação ocorre pelo diálogo. Este trabalho apresenta o resultado de um exercício conjunto de reflexão e prática acerca do processo avaliativo instituído num curso de especialização a distância em Gestão de Pessoas e Projetos Sociais de 2007-2014 e realizado de maneira coletiva, criativa e participativa.  O referido curso está organizado em 4  módulos, a saber: a) Núcleo Básico, com disciplinas que tem por objetivo garantir conceitos básicos acerca dos processos de gestão; b) Núcleo Gestão de Pessoas, que trabalha com as especificidades da gestão organizacional; c) Núcleo Gestão de Projetos Sociais, que enfoca aspectos específicos de Projetos Sociais. Ao  final de cada módulo há um encontro presencial em que se realizam avaliações interdisciplinares. As avaliações interdisciplinares são atividades propostas e desenvolvidas em dois momentos: um momento individual, que prepara os alunos para o encontro e para o segundo momento, de realização da atividade avaliativa desenvolvida em pequenos grupos. São interdisciplinares porque não se baseiam nas especificidades de cada disciplina, mas visam a averiguar a capacidade de inter-relação de conceitos, teorias e práticas estudadas em cada conteúdo, em contextos apresentados e que são, naturalmente, eivados de interdisciplinaridade. As questões propostas em cada encontro, referentes a cada módulo do curso, são elaboradas cuidadosa e criativamente, a fim de propiciar modos de aplicação efetiva do estudado em situações fictícias, porém, correspondentes a determinadas realidades do mundo do trabalho. Há uma variedade de temas e de propostas (elaboração de programas fictícios de rádio, organização hipotética de cursos de capacitação em empresas, estudos de caso, criação de projetos sociais para um contexto específico vinculado às cidades onde se situam os polos de apoio ao curso, etc) que permitem avaliar competências e habilidades centrais para a formação de um especialista em Gestão de Pessoas e de Projetos Sociais. Resultante desse processo avaliativo, corrigido de forma também interdisciplinar (todos os professores juntos, efetuando leituras e  análise conjuntas dos trabalhos realizados pelos alunos), percebe-se o desenvolvimento da capacidade dos alunos de reagrupar conceitos e teorias estudados nas disciplinas de cada  módulo em um contexto articulado com a prática. A experiência de elaboração, aplicação e análise de resultados mostra o compromisso assumido com a própria realidade, desnudando a experiência, revelando-a enquanto obra e construção coletiva. Ocorre, pois, uma (des)disciplinarização correspondente às exigências da inserção do profissional no mundo do trabalho. É a avaliação com caráter  interdisciplinar favorecendo releituras, interações teórico-práticas e reaprendizagem global.

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