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Adelaide Fahe
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança, Portugal
Manuel Vara Pires
Universidade de São Tomé e Príncipe
Vol. Extr., núm. 10 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Internacional G-P de Psicopedagogía. Área 10: MODELOS Y PRÁCTICAS DE EVALUACIÓN, Páginas 086-090
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.10.461
Recibido: may. 19, 2015 Aceptado: ago. 16, 2015 Publicado: nov. 28, 2015
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Resumen

Os discursos e os debates sobre a avaliação das aprendizagens no ensino superior em São Tomé e Príncipe ainda não constituem um fenómeno de atualidade educativa, contrariamente ao que se vive nos ensinos básico e secundário do país e em todos os níveis de ensino em outros cantos do mundo. O trabalho que se apresenta, constituindo um estudo pioneiro sobre a temática realizado no âmbito de uma dissertação do mestrado em ensino das ciências, procura identificar e analisar conceções e práticas de avaliação das aprendizagens de dois professores de matemática do ensino superior. Para isso, elegeram-se questões norteadoras da investigação em três dimensões principais: (i) Que conceções revelam os professores de matemática sobre a avaliação? Quais as perceções que estes professores apresentam sobre as formas de avaliar a aprendizagem de seus alunos na disciplina de matemática?; (ii) Que práticas de avaliação esses professores seguem na sala de aulas? Que estratégias, técnicas e instrumentos de avaliação usam?; e (iii) Que fatores condicionam as suas práticas avaliativas? Que fatores incidem positiva ou negativamente na ação ao elaborar, organizar e desenvolver a sua atividade avaliativa?. Almejando contribuir para a reflexão sobre as práticas de avaliação desenvolvidas no ensino superior, este estudo decorre da convicção de que as mudanças nas práticas pedagógicas ocorrem sustentadas na reflexão crítica dos professores sobre as mesmas e sobre os contextos em que interagem, conduzindo-os a um melhor entendimento das suas ações e das teorias que lhes estão subjacentes. Neste sentido, discute-se, então, o conceito de avaliação e destaca-se a evolução das conceções e práticas avaliativas, passando-se de uma avaliação predominantemente classificatória para práticas avaliativas integradas no processo de ensino e aprendizagem, assumindo uma natureza formativa e reguladora, tanto para o professor, como para o aluno. Para uma melhor compreensão da temática, segue-se uma abordagem metodológica de natureza qualitativa através de dois estudos de casos. A triangulação dos dados recolhidos através de questionários, entrevistas e análise de instrumentos de avaliação, revela que os professores refletem, nos seus discursos, conceções quase idênticas e associadas a uma avaliação para a aprendizagem. Na análise dos seus discursos sobre os conceitos, finalidades e os principais papéis desempenhados no processo de ensino e aprendizagem, a avaliação é vista como reguladora deste processo. Mas, atendendo aos instrumentos de avaliação mais utilizados (teste escrito), aos momentos em que são realizados e ao tratamento dado aos resultados obtidos pelos alunos, as práticas dos participantes estão mais próximas de uma avaliação da aprendizagem, reforçando a sua função classificativa. Como  principais fatores condicionantes das práticas avaliativas, os professores participantes destacam os alunos, as condições de trabalho e o próprio professor.

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