Vol. Extr., núm. 13 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Internacional G-P de Psicopedagogía. Área 13: TECNOLOGÍAS Y COMUNICACIÓN EDUCATIVA, Páginas 077-081
Resumen
As tecnologias da informação e comunicação (TIC) têm vindo a assumir um papel hegemónico e determinante no quotidiano dos indivíduos, contribuindo, simultaneamente, para a construção de um novo paradigma na educação, que dê resposta à necessidade de uma maior formação e atualização por parte daqueles, através do desenvolvimento da sua aprendizagem. Para esta concorrem os Personal Learning Environments (PLEs), o advento do e-learning the massas (MOOCs), o conectivismo proporcionado pelas redes, a criação de comunidades com base nos novos media digitais, entre outros. No novo paradigma da educação emergente e em consolidação, a educação funcional é aquela que converge para as necessidades do indivíduo, organizando, por isso, em torno delas, atividades que despertem o seu interesse e motivação. A partir deste entendimento, no artigo proposto problematiza-se a humanização da escola como um processo reconhecido como fundamental e paralelo ao aproveitamento das potencialidades didático-pedagógicas das TIC, no processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos. Propõe-se assim uma abordagem científica à relação entre os pressupostos humanistas da Escola Moderna e a mobilização das TIC, para o desenvolvimento integral do aluno, como ser com capacidade de agir no sentido do aprender e da cidadania. No artigo intitulado Reflexividade entre o humanismo da Escola Moderna e as TIC no ensino-aprendizagem, analisam-se indicadores sobre o significado de desenvolver a aprendizagem tendo em consideração os saberes, as experiências e as caraterísticas daqueles que aprendem, mobilizando-os efetivamente para o processo a partir dos seus interesses. A afirmação das TIC e a sua mobilização para o ensino-aprendizagem constituem desafios, que colocam a descoberto a fragilidade das opções metodológicas assentes na simples transmissão e receção de conteúdos, uma vez que aquelas mobilizam de uma forma cada vez mais eficiente os sentidos dos alunos. Desta forma, focalizar as estratégias pedagógicas na simples receção, reproduz espaços em que os alunos parecem ficar vulneráveis à atração pelos sentidos de diversos mecanismos de teledistração, que constituem a dimensão perniciosa da utilização das TIC, acreditando ainda que o saber é algo que se possui mais do que um instrumento que se pode utilizar. Seguindo as lógicas argumentativas da Escola Moderna, as TIC podem apoiar os projetos de formação pessoal e social do indivíduo, educando para a vida em sociedades cada vez mais abertas e sem fronteiras, onde é reconhecido o papel significativo da cooperação em rede, da recolha, organização e processamento de informação, resolução de problemas, no sentido da promoção da autonomia individual, desenvolvimento cognitivo e uma educação integral. A forma como as TIC são manipuladas no processo ensino-aprendizagem, assumido de forma bidirecional e polissémica, é observada como determinante no desenvolvimento do humanismo de forma reflexiva, vislumbrado como eixo da argumentação da Escola Moderna.