Escola, Competências 2.0 e Nativos Digitais: Um estudo exploratório com jovens portugueses
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Vol. Extr., núm. 13 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Internacional G-P de Psicopedagogía. Área 13: TECNOLOGÍAS Y COMUNICACIÓN EDUCATIVA, Páginas 143-147
Recibido: may. 19, 2015
Aceptado: ago. 21, 2015
Publicado: dic. 15, 2015
Resumen
Com este texto, pretendemos problematizar e refletir sobre competências 2.0 e literacia digital dos jovens enquadradas pela escola como motor de reconhecimento e dinamização do ambiente digital, decisivo na sociedade atual. Para o efeito, apresentamos parte de um estudo exploratório com uma turma do curso vocacional de nível básico, numa escola de um agrupamento de Lisboa, Portugal, no ano letivo 2013/2014. Os pré-requisitos para este curso exigem um outro olhar face a jovens desmotivados, ainda que possuindo eventualmente conhecimento acumulado. Numa escola equipada tecnologicamente, aliado à formação anterior do corpo docente, parece reunir as condições para uma utilização efetiva das ferramentas 2.0 em sala de aula. Assim, propomo-nos obter respostas para algumas inquietações: (a) poderão estes jovens ser considerados como nativos digitais? (b) será mesmo dispensável a disciplina de TIC? (c) evidenciam estes jovens as competências digitais 2.0 conforme presumido pela tutela? (d) qual o papel da Escola na dinamização dessas competências? (e) são os professores agentes ativos nessa utilização? Metodologicamente, o estudo exploratório pareceu-nos o mais adequado para definir questões ou hipóteses para uma investigação posterior. Optámos por um questionário com 18 perguntas fechadas e 4 abertas que, após validação, foi aplicado presencialmente e tratado com recurso ao Microsoft Excel 2007 para sistematização dos resultados das respostas fechadas e por análise de conteúdo para as respostas abertas. Concluímos que o local de acesso à Internet por excelência é em casa, através do computador portátil, para utilizações maioritariamente lúdicas e atividades relacionadas diretamente com aspetos científicos e/ou escolares. Porém, os jovens assumiram as ferramentas 2.0 preferencialmente para utilizações ligadas à escola (pesquisa e elaboração de trabalhos escolares), ainda que algumas, que poderiam/deveriam ser utilizadas para a realização de tarefas escolares (em contexto de sala de aula), o são expressivamente em contexto pessoal (Youtube, e-books e ferramentas Google) e na escola, não para tarefas escolares (Blogues e Podcast), o que evidencia uma não assumção dessas ferramentas por parte dos docentes. Quanto à plataforma Moodle – por nós utilizada em sala de aula –, e ainda que a maioria dos alunos já a conhecesse, contrasta com a sua generalização nas escolas desde 2008 porque apenas menos de ⅓ a tinha utilizado antes. Aferimos complementarmente que estes jovens não a consideram apelativa para futuras utilizações, o que pode indiciar o fator imediatista e a associação entre a Moodle e a escola, que não revêem e recusam assumir. Em suma, confirmamos a necessidade de (re)pensar novas estratégias e um outro olhar sobre a prática docente e a Escola, em particular para esta tipologia de cursos, possibilitando uma adequada aquisição e desenvolvimento da literacia digital e competências 2.0 dos jovens.
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