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Sofia Ramos
Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Portugal
Biografía
Lina Fonseca
Vol. Extr., núm. 05 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Internacional G-P de Psicopedagogía. Área 5: FAMILIA, ESCUELA Y COMUNIDAD, Páginas 098-102
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.05.322
Recibido: abr. 30, 2015 Aceptado: ago. 12, 2015 Publicado: oct. 21, 2015
Cómo citar

Resumen

A família e a escola devem proporcionar às crianças ambientes de aprendizagem diferenciados, mas em conexão. A relação efetiva entre estas instâncias educativas é promotora de sucesso escolar. A qualidade desta relação é particularmente importante quando nos referimos à matemática, visto que esta disciplina é muitas vezes “pouco amada”, manifestando-se ainda a conceção de que se os pais não gostaram de matemática é natural que os filhos também não gostem. Para tentar romper este ciclo importa que escola e família, numa aceção lata, congreguem esforços para motivar os alunos para a aprendizagem e assim ultrapassar obstáculos. Esta relação nem sempre se intensifica pelos melhores motivos. Muitos encarregados de educação apenas procuram a escola quando existem problemas com os seus educandos, ou são convidados a visitá-la devido a alguma queixa relativamente a eles, desenvolvendo-se uma díade escola-família revestida de uma carga negativa. A preocupação da família prende-se muitas vezes com resultados: saber se os trabalhos de casa diários estão feitos, desconhecendo o seu conteúdo e forma – esta responsabilidade é, em muitos casos, transferida para centros de estudo ou explicadores; e conhecer as avaliações finais do seu educando. Numa turma com alunos de 9/10 anos detetou-se uma participação pouco significativa das famílias na escola e no acompanhamento do percurso académico dos alunos – a preocupação dos pais/família centrava-se principalmente na preparação dos alunos para os exames nacionais - a par de uma exploração rotineira da matemática baseada na memorização de regras descritas no manual escolar. Como agir para alterar esta situação? Como envolver família e alunos nas questões escolares? Como desafiar os alunos? Como alterar as conceções negativas sobre a matemática? Face a este panorama desenvolveu-se um estudo de caso com esta turma de 24 alunos propondo-se semanalmente um desafio matemático que deveria ser resolvido, ao fim de semana, necessariamente com a família. Para a divulgação das participações foi criado um blogue, meio que permitiu que alunos e famílias tivessem acesso a todas as contribuições e vissem as suas divulgadas. O objetivo desta intervenção residiu em desenvolver a relação escola-família potenciando a atração pela matemática e a criatividade dos alunos, através da resolução cooperativa (criança – familiares) de desafios semanais. Para tal foram aplicados 12 desafios cujos temas matemáticos e extramatemáticos estavam situados nas aprendizagens levadas a cabo na escola, servindo como ponto de partida ou reforço destas e, ao mesmo tempo, como meio de envolver os familiares de forma dinâmica no processo de ensino-aprendizagem, rompendo também com a imagem dos tradicionais trabalhos de casa. Esta iniciativa promoveu desde logo um contacto semanal entre as famílias e a professora, e a partilha de respostas fomentou a motivação dos alunos e famílias para a participação nos desafios matemáticos, apresentando propostas cada vez mais criativas e diversificadas e comentários bastante positivos quer às propostas em si, quer relativos à Matemática. Nesta comunicação dar-se-á conta do testemunho de familiares relativamente à dinâmica criada, de desafios propostos, resoluções e do modo como estes se relacionavam com o trabalho de sala de aula.

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