Contido principal do artigo

Susana Barros Fonseca
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu
Biografía
Lia Araújo
Portugal
Biografía
Maria João Amante
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu
Biografía
Ana Raquel Rodrigues
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu
Biografía
Diana Vieira
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu
Biografía
Helena Marques
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu
Biografía
Vol. Extr., núm. 06 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Psicopedagogia. Área 6: FORMAÇÃO DE PROFESSORES E AGENTES EDUCATIVOS, Páxinas 128-131
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.06.327
Recibido: abr. 30, 2015 Aceito: ago. 13, 2015 Publicado: nov. 10, 2015
Como Citar

Resumo

O fenómeno de envelhecimento populacional tem introduzido desafios significativos, que devem ser contemplados na formação de educadores, visto que as pessoas idosas vão passar a constituir um grupo-alvo de intervenção socioeducativa cada vez mais comum. Intervenções promissoras nas quais a reminiscência é combinada com outras abordagens, tais como a estimulação cognitiva e sensorial, são muito recentes mas já demonstram ter um impacto positivo nas pessoas com idade avançada, particularmente na promoção do seu bem-estar psicológico. Considerando os vários problemas e fragilidades do envelhecimento, a intervenção com pessoas idosas deve procurar ser estruturada e orientar-se sobretudo para os aspetos de funcionamento positivo. Assim, é importante que os estudantes de Educação Social estejam preparados para intervir nesta área, apreendendo as principais características do processo de envelhecimento, assim como as estratégias para intervir com esta população. Assim, este estudo providencia informação acerca de uma experiência de formação, na qual um grupo de 11 estudantes foi acompanhado durante o processo de planeamento, desenvolvimento e avaliação de um programa de estimulação multissensorial e reminiscências para pessoas idosas. Todos os detalhes do programa foram definidos em sessões de grupo com os estudantes e professores, nomeadamente a estrutura (fase inicial, principal e final), os temas (ex.: culinária, agricultura, eventos religiosos) e atividades (ex.: jogos de bola, jardinagem, prova de comida e cantar músicas) de cada sessão. O programa foi constituído por 12 sessões, de 45 minutos cada, desenvolvidas uma vez por semana num grupo com 8 participantes (Midade=69.9, SD=15.6; 4 homens e 4 mulheres) e duas vezes por semana em dois grupos de 8 participantes cada (Midade=78.5, DP=10.1; Midade=89.9, DP=6.0; ambos com 2 homens e 4 mulheres). Nas sessões 6 e 12 os participantes foram avaliados através da NonPharmacological Therapy Experience Scale, a partir da qual, em geral, se obtiveram valores positivos para o prazer, participação e relações com os outros, e valores reduzidos para os comportamentos de desagrado e rejeição. Após o desenvolvimento do programa, os alunos foram convidados a participar num focus group, em que foram questionados acerca dos aspetos positivos e negativos de maior relevo face à experiência de intervenção vivenciada. As principais contribuições apontaram para a importância de existir um programa estruturado, com todas as sessões previamente preparadas pelos próprios estudantes. Outros aspetos relacionados com a operacionalização do programa (ex.: semanal ou bissemanal; com que pessoas funcionou melhor) foram discutidos e analisados. A inclusão de estudantes em todas as fases de desenvolvimento do programa foi considerada uma mais-valia desta experiência.

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